Com a TPM...calma, a revista!

08:42 Raquel 0 Comments

Mandei esse texto para a revista, mas curti tanto que resolvi postar aqui também.

Há 8 anos, eu era uma guriazinha (quase) inocente de apenas 11 anos. Não me lembro muito daquele ano, só que as Torres Gêmeas do World Trade Center caíram e que eu não tinha nem bunda, nem peito e nem nada. Não que hoje, no auge de meus 19 anos, seja muito mais experiente, mas pelo menos estou mais encorpada.

Sempre tive curiosidade de ler a TPM, mas me faltavam oportunidades, já que nos consultórios médicos e cabeleireiras só tinham aquelas velhas revistas com táticas perfeitas para se perder 10 quilos em 2 dias, e olha que eu sei bem do que estou falando porque minha mãe é cabeleireira. Cresci dentro do salão ouvindo as mulheres reclamarem, ora porque seus cabelos eram muito encaracolados, ora porque eram muito lisos. Reclamavam dos maridos, dos filhos, da celulite, de serem mal-amadas, de serem pressionadas, de serem abandonadas, de não saberem cozinhar. Minha mãe costuma dizer que com o passar dos anos, ela não é só cabeleireira, mas passou a exercer a profissão de terapeuta, conselheira e, convenhamos, depois de 35 anos fazendo isso, não dá pra duvidar.

Pois bem, dessa vez consegui ler a TPM e, quem diria, pela mão de um homem, meu chefe. Já comecei com a edição de aniversário!Uma das principais matérias que queria ler (além, claro, do lindo-tudo-de-bom-healthy-educado Rodrigo Santoro) era sobre a culpa. Como disse anteriormente, ouvi muitas queixas de culpa e proferi várias como mulher perfeitamente imperfeita que sou. Sou, me sinto e sempre serei culpada e, me desculpe (olha ela aí!) mas acho que não me livrarei da bendita tão cedo. As minhas culpas, no momento, variam de não ir na academia, passando por não ter entrado na faculdade ainda, até me comprometer a ajudar mais em casa. O fato é que, como foi dito na reportagem, a culpa vem do pecado e o pecado veio da mulher, horrível! 

Nos sentimos culpadas por sermos bem sucedidas, por ganhar mais que o marido, ou seja, quando deveríamos nos sentir maravilhosas, nos sentimos um lixo. E não adianta dizer que é só coisa de homem machista porque todo mundo sabe que tem um tanto de mulheres machistas por aí também, daquelas que acham certo marido bater na mulher, caso ela tenha deixado de fazer janta, daquelas que ainda acham que prazer sexual é coisa de homem e que mulher só serve mesmo é pra ceder o “espaço” que o cara precisa para se satisfazer e se sentem culpadas e sujas por, algum dia, terem sentido um pouquinho de prazer. As mulheres “modernas” se sentem muito mais culpadas porque fogem do padrão casa-comida-roupa-lavada-filho-na-escola ou porque são muitas em uma só. Eu defendo a modernidade, mas acho que estou me sentindo um pouquinho culpada, caso tenha ofendido o modo de vida de alguém.

Depois da sessão desabafo, gostaria mesmo é de dar os parabéns pelo aniversário e principalmente pela qualidade e sinceridade das matérias, a cada página é um chacoalhão para largarmos a culpa de não termos emagrecido 2 quilos para o verão ou de não seguirmos as regras de como deixar nossos namorados loucos na cama. TPM é a revista de como ser você mesma, ainda bem, porque ultimamente temos esquecido como sermos mais nós do que quem querem que sejamos. Deu pra entender?

Raquel

0 comentários:

O ciúme dos fãs e o The Resistance porque a música é o que mais interessa

17:54 Raquel 1 Comments


A dúvida persiste: existia Muse antes de Twilight e Stephenie Meyer? Sim, existia...anos luz atrás.

Pra você que passou a conhecer e gostar de Muse depois de Twilight, boa escolha, parabéns por ter passado por essa vida e conhecido uma banda MUITO boa. Agora pra você que já conhecia o Muse antes disso, assinou petitions para eles virem ao Brasil, esperou por 5 longos anos até os caras darem 'as caras' por aqui e agora tá aí se remoendo de ciúmes, tudo isso porque os fãs dos vampiros mais pops da atualidade começaram a ouvir, já que a autora disse que a história não aconteceria sem a banda, só tenho uma coisa a dizer: eu também.

Não, tô brincando, só tenho uma coisa a dizer: seja feliz e saia exibindo pra todo mundo seu ingresso do melhor show que você já viu porque realmente, difícil alguém bater os Musers no quesito 'ao vivo'.

Eu escrevi isso no meu (finado) fotolog ano passado, depois do show:

"Foi lindo.
Eles são a melhor banda que eu já vi ao vivo. Impecáveis.
Brutal, do começo ao fim...meio tonta ainda...vendo todo mundo pular transformando tudo em um só...
Como diriam em Invincible:
"Tonight we can trully say, together we're invincible.."
Essa frase resume minha noite.
Incrível.

É, sêos 'Musers', voltem sempre que acharem necessário. Serão sempre bem-vindos na terra da garoa que pulou e cantou com vocês. Thank you guys, for the wonderful night.

Melhores músicas (Todas pra falar a verdade...):
  • Feeling Good
  • Invincible
  • Time is running out
  • Plug in baby
  • Stockholm Syndrome

Não preciso de mais nada...por essa semana... "


Mantenho minha opinião.

E depois de todo esse xororô e essas lembranças todas, vamos ao que interessa, o CD novo do Muse, que só sai dia 14 de setembro, mas como boa fã que se preze, baixei antes e prometi ao São Longuinho e ao Matt Bellamy comprar o cd depois.

Vamos a ele, The Resistance:

Começa bem Muse, com "Uprising"...tem uma ginga que eu não conhecia, uns "hey! hey!" no meio bacanas...mas ainda com alguns vestígios do Black Holes and Revelations, com certeza. Aí, logo em seguida, vem "Resistance". Surpresa...um tecladinho meio MGMT no começo...umas vozes de "it could be wrong" meio Queen. Curti, mas ainda não me arrebatou. Tudo bem vai, ainda tá na segunda música.

O que é issooo?! "Undisclosed Desires" parece meio JT, meio Timbland..meio...Muse? Meu Deus, haha tô chocada...e feliz. Os caras passearam pelos estilos mesmo. E impressionante, continua sendo Muse.

Na sequencia "United States of Eurasia", aquela música que foi feita em parceria com o resto do mundo sabe? Já disse que tô sentindo um clima meio Queen nesse disco? Pois é, essa música é grandiosa do jeito Queen, me deixou de olhos abertos aqui...muy bueno. Genteee, que lindo, termina com trecho de Collateral. Tô pasma aqui, mas de alegria, achei lindo!

Começou "Guiding Light", achei beeem Glam, uma coisa meio Killers sabe? AMO. Isso ae Bellamy, manda a ver no Glam que a gente se emociona! Senti um clima de Invincible. Tem alma essa música. Uma guitarra liiiinda de morrer a là Matt, a là Muse. Ela vai crescendo, vai ficando mais representativa. Minha favorita, até agora.

"Unnatural Selection", eu tava esperando por essa. Não me decepcionou. Começa Muse demais, do jeito que a gente taaanto gosta. Deus meeeu. Essa música é a melhor untill now! Tô chacoalhando o côco aqui, balançando a juba e mexendo as cadeiras...a mistura perfeita, peso com 'ginga'. Tem uma calmaria...e então Matt entra com sua guitarra devastadora e a voz também. A gente espera pela explosão que logo vem para espantar a calmaria dando lugar ao êxtase final da doidera!

"MK Ultra" começa bem eletronic e bem agitada. Gostei.

PORRAAA! Começou "I belong to you/Moun Coeur S'ouvre a toi" Jésus. Muito disco isso, muito style. Lindooo. Lindooo. Lindoo. Ginga Muse, ginga! E de repente vira uma coisa francesa meio Edit Piaf e tem seus picos...e volta ao Muse...é uma montanha russa isso!

E eis que começa uma sinfonia chamada "Exogenesis" em três partes.

A primeira se chama "Overture", depois temos a "Cross-Pollination" e por último a "Redemption"...me diz quem coloca uma sinfonia num álbum?! O Muse, claro. Tá lindo isso. Tá lindo.

O que tenho a dizer é que o começo me decepcionou um pouco, achei um pouco mais do mesmo...mas depois foi crescendo e tomando forma (ui!) e aí sim vi o que vejo sempre no Muse: Renovação. Parabéns guys e, de novo, obrigada.

Como a Warner Music tá deletando TUDO quanto é audio do Muse...por enquanto estamos sem amostras grááátis. Quando tudo se normalizar, eu coloco de volta o link pras músicas!

Enjoooy!

1 comentários: