10.10.10 - O dia que entrou no meu calendário-lendário.
Não quero e não vou falar da estrutura e dos problemas do SWU. Tampouco dos erros e acertos porque isso os maiores blogs sobre música já se encarregaram de fazer.
Como sempre digo, esse blog é sobre minha experiência com a arte em geral. Qualquer que seja ela. É sobre como me sinto e o que isso se manifesta em mim e é sobre isso que vou falar sobre o SWU.
Aliás, não vou falar sobre o SWU. Vou falar sobre a música.
Vou falar sobre esperar 2 anos para ouvir ao vivo aquelas músicas que não saem do meu iPod. Vou falar sobre estar no meio da multidão e nem lembrar que dia é aquele ou se está frio ou calor. De sentir a necessidade de se mexer e cantar e pular e gritar e bater palmas a todo instante. De querer que aquele momento entre em reboot eterno. Quero falar sobre como me arrepiei e de como cada batida da música ressoava em meu peito como se fosse parte da minha circulação.
Quero contar de como enlouqueci e sai de mim e não lembro de nada que não seja o que ouvi. E de como, provavelmente passei boa parte do show de olhos fechados tentando registrar cada segundo sonoro em minha memória.
Não vou reclamar por não terem tocado "King of The Rodeo" ou "California Waiting". Não vou reclamar do setlist curto. Só quero lembrar que ouvi tudo aquilo e vi. Senti a energia.
E de como em "Use Somebody" fui erguida aos céus e tudo que consegui fazer foi abrir os braços e tentar abraçar tudo aquilo de uma vez só.
E acabou. Saí de lá diferente do que entrei. Saí de lá com Sublime, Joss Stone, Dave Matthews Band e Kings of Leon em mim. Pequenos pedaços que formaram o meu SWU. Cada um com sua versão do que viu, ouviu e sentiu.
"We gonna come together, we gonna celebrateWe gonna gather round, like it's your birthdayI don't wanna know, just what I'm gonna doI don't care where your going, I'm coming along with you..."
E como isso não é um blog do Kings Of Leon (apesar de ter falado bastante deles ultimamente por aqui.) vou dizer que foi sublime assistir ao Sublime (ê trocadilho infame!) ao pôr-do-sol e a Joss Stone detonando com sua super voz logo depois. Preciso dizer também que o Dave Matthews e sua Band estavam impossíveis e mandaram muito.
E preciso dizer que foi ótimo e que meu 10.10.10 valeu muito a pena.
Que venham mais festivais. Aqui ou em qualquer outro lugar. Porque eu adoro ficar 12 horas de pé, comendo comida ruim e passando frio, desde que role um som de qualidade!
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