Faz Cena - Girls: All Adventurous Women Do

11:36 Raquel 0 Comments


A série Girls (HBO), uma das grandes revelações de 2012, terminou sua 4ª temporada em março de 2015 e já está com a 5ª temporada confirmada para janeiro de 2016. Quando surgiu, tinha gente dizendo que era uma nova Sex & The City, mas a criadora (e protagonista) Lena Dunham tratou logo de mostrar que as semelhanças param em NYC e quatro amigas com personalidades bem diferentes. Isso porque Girls tem um jeito todo ácido e irônico de mostrar problemas como gravidez indesejada, complexo com o corpo, ser bancada pelos pais mesmo depois dos 25; bem diferente do mundo rosa-chiclete de Carrie Bradshaw e companhia.

Pois é, por isso escolhi uma cena que reflete bem o espirito da série. Esse é o final de um episódio da primeira temporada em que a personagem Hannah descobre que, além de ter contraído DST de um ex-namorado, o cara, agora, namora outro cara. Nesse momento, a música se torna um personagem responsável pela transição de uma Hannah pesarosa e deprê com as cagadas da vida para uma Hannah que faz desses mesmos acontecimentos parte do que ela é.

A música da Robyn fala sobre uma guria que quer um cara que está pegando outra guria e que, no fim das contas, ela aceita o fato de não estar mais com ele e de que ela vai continuar dançando sozinha, independente e livre S/A. Para Hannah e Marnie, ela representa a aceitação das coisas como elas são e que não se pode ser perfeita, de que não dá para simplesmente ‘fechar os olhos’ para as coisas que fogem do nosso controle e fingir que elas não estão acontecendo a nossa volta.

Não dá uma vontade louca de sair dançando pela casa ao som de Dancing on My Own igual a Hannah e a Marnie? Tanto é que, hoje em dia, sempre que preciso de um incentivo moral coloco essa música para tocar e levanto da cama like a diva!

Assista a cena: https://youtu.be/eBb0UQihUZA
Girls (HBO)
1x03 - “All Adventurous Women Do”

Diretor, produtor e roteirista: Lena Dunham

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Love & War & the Sea in Between – Josh Garrels

03:30 Raquel 0 Comments


A música não tem cor, não tem cara. Não distingue Deus de Maomé; Iemanjá de Buda. Não divide republicanos de democratas. A música é um movimento puro de vertentes únicas. A música existe para elevar a alma em um patamar desconhecido pela realidade.

Por isso, ao me deparar com os vídeos extraídos de um documentário chamado "The Sea in Between" - que traz o artista Josh Garrels em performances ao vivo, em locais paradisíacos na Ilha de Mayne - comprovei o poder da música. Até então, não conhecia Josh Garrels, mas fiquei encantada com sua voz, presença e entrega da banda que o acompanhava. E foi aí que meu mundo parou. Descobri que o Josh, na verdade, é um cantor cristão. Algumas de suas músicas trazem temas muito abordados pelo cristianismo, como na linda “Pilot Me” em que ele discorre sobre a presença de um Deus que “pilote” a sua alma caso ele sucumba.

Aí é que está, não sou religiosa, não tenho religião definida e, por vezes, rejeitei música cristã por achar “endeusadora” demais. Mas claro, o universo e suas conspirações precisavam pregar essa peça em mim e me fazer pagar a língua. Josh Garrels me encantou exatamente com a “Pilot Me”, a única das músicas exibidas pelo canal da Mason Jar Music que tem essa “pegada cristã”. E me rendi. Aliás, se for ver, já tinha me rendido à música gospel que deu origem ao Rock, lá nos anos 50, mas essa é outra história.

Os vídeos me deixaram de cara e fui pesquisar para entender melhor o que era esse “The Sea In Between”. Mas antes de explicar o que é, acho melhor entendermos o que é a Mason Jar Music. A MJM é uma produtora de audiovisual e um coletivo criativo com sede em Brooklyn, NY. Segundo eles, “procuramos combinar ferramentas digitais acessíveis do século 21 com a experiência e as verdadeiras filosofias do processo analógico e artesanal para criar áudios e vídeos de alta qualidade”.

Seguindo esses moldes, a Mason Jar Music teve a ideia de convidar o Josh Garrels e sua banda para gravar um álbum audiovisual na Ilha de Mayne, no Canadá. A intenção era que fosse gravado um álbum orgânico, todo ao vivo em um canal só. Todo esse processo deu origem a um box com CD  "Love & War & The Sea in Between" e DVD do documentário chamado "The Sea in Between", para que as pessoas possam ter uma experiência completa. O intuito é oferecer aos consumidores de música um novo formato de álbum em uma era em que as pessoas pouco consomem CDs.

Em declaração no site do projeto, a MJM diz: “Esperamos dar ao público a oportunidade de fazer parte do processo, de conhecer Josh e o time da MJM, e sentir-se incluído, para investir no futuro de Josh e da Mason Jar Music. Acima de tudo, esperamos que este filme incentive os consumidores casuais a acompanhar e apoiar o trabalho e desenvolvimento de artistas que acreditam em como constroem carreiras em face da mudança de cenário”.

É isso, nada de novo na verdade. Alguns canais independentes no Youtube fazem isso a bastante tempo, mas acho que a minha intenção nem era mostrar o produto, mas o processo e a paixão desse grupo em fazer música boa, daquelas que nos “rouba” da realidade e nos tira do chão por alguns minutos. Daquelas que nos arrepiam.

Deixo vocês com o trailer do “The Sea In Between":
Trailer:


The Sea In Between, Josh Garrels
Ano: 2012

Produzido por: Mason Jar Music

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Da anatomia à suculência

21:22 Raquel 0 Comments


Esse post marca a reativação do antigo Anatomia Lírica que agora passa a se chamar Suculência.

Já faz um tempo que quero ativar um espaço para que possa publicar minhas opiniões, resenhas e principalmente, coisas que me agradam e inspiram de diversas formas em minha vida. O blog Anatomia Lírica, que criei em 2008 e que estava desativado desde 2013, era um espaço exatamente para isso. Mas ele tinha suas restrições, é verdade. Eu queria poder expandir o conteúdo celebrado nesse blog para inspirações, tendências digitais e rolês, e o Anatomia Lírica, da forma como havia sido concebido em 2008, não me permitia isso.

Apesar de tudo, ainda tinha um apreço por alguns dos posts antigos e não queria simplesmente deixar o "esqueleto" do antigo blog lá, parado. Então tomei a decisão de mudar a url, o nome, o layout e excluir alguns posts que não faziam sentido algum. Outros posts continuam por aqui (como você pode perceber que o último post antes desse é de fevereiro de 2013).

Hoje nasce o Suculência.

Junto com a vontade de ter esse espaço, surgiu a dúvida do nome para isso. Além da proposta inicial do Anatomia não condizer com o que eu projetava para o novo blog, o nome me parecia complexo demais, com firulas demais. Queria algo mais clean, de uma palavra só, mas que expressasse tudo o que eu queria entregar com o blog.

Eis que em uma reunião de brainstorming no trabalho, eu estava com dificuldade de classificar um tipo de conteúdo para portal, um conteúdo que agregasse valor para quem o lia; foi quando me veio à cabeça: conteúdo suculento. E ficou.

Mas o que é conteúdo suculento? Sabe aquela laranja cheia de sumo, que você espreme e sai suco laranja vivo? Então, é isso. Blog com conteúdo suculento é quando você espreme e sai música, sai filme, saem rolês, inspirações, fotos, boas leituras, opinião.

O blog se divide em cinco partes: Áudio | Visual | Analógico | Digital | Rolês. Dentro de cada parte, sessões - algumas são novas, outras mantive do Anatomia.

Áudio:
Resenha - Mais velho que andar pra trás, né gente? Podem ser resenhas de álbuns novos ou antigos.
Perfil - A intenção é trazer um pequeno perfil sobre um artista bacana, não se apegando a um álbum específico.
Ui! Rapidinhas! - Amo essa sessão (e por isso mantive ela do Anatomia). Singles novos que aparecem e que merecem ser comentados, basicamente.
Shuffle Mental - Meus amigos dizem que tenho um shuffle na cabeça. Vou usar isso para o bem (?) e trazer umas músicas esquecidas por aí de vez em quando!
Meextape - Amo fazer playlists e vou aplicar isso ao blog! ;)

Visual:
TV - Séries, minisséries, novelas, programas especiais. Netflix, tv aberta, fechada. E tudo mais.
Cinema - Dã, aquelas famosas resenhas de filmes (que todo mundo faz).
Faz Cena - Amo! São cenas marcantes por 'n' motivos. Vai ter texto explicando o que é e, óbvio, a cena.
Reprise - Clássicos sendo resenhados como se fossem lançamentos (ou só porque gosto de comentar sobre eles).
(Re)Trilha - Uma trilha sonora clássica, de um filme ou série clássicos, colocadas em situações cotidianas.

Analógico:
Resenhe depois de ler - É, vê-se que eu curto resenhar. Resenhas de livros e revistas (novos ou não).
Aspas - Hum, aqueles trechos maravilhosos que dão sentido à vida e causam pequenas grandes epifanias.

Digital:
De Outros Blogs - Coisas bacanas que vejo por aí e que gostaria de compartilhar.
Tendências - Não sou cool hunting, mas adoro "atacar de". Logo, tendências mil. Amo.
Inspirações - Vídeos, projetos, textos, artes. Coisas lindas que me fazem levantar da cama.

Rolês:
A parte de rolês me encanta muito porque a intenção é poder falar de experiências em peças, shows, festivais, viagens e etc.

Portanto, o Suculência nasce assim, propondo entregar conteúdo suculento à quem vem visitá-lo. Um suco cultural com sustância, com suculência pura!

Aí em cima, você vê uma suculenta toranja, laranja-avermelhado, viva e prontinha para ser consumida. Espero que vocês façam o mesmo com o Suculência, espremam e consumam!

Ah, já dá pra seguir o Suculência no Twitter (@ComSuculencia) e acompanhar os posts no Facebook (/ComSuculência).

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