Chupa essa Universo, literalmente

22:45 Raquel 0 Comments


Estava na dúvida se fazia desse post uma resenha sobre o (nem tão) novo (assim) do Arctic Monkeys ou simplesmente jogaria conversa fora sobre como bandas boas podem ser tão sem-sal-nem-açúcar às vezes.

Não tenho o costume de fazer resenhas sobre álbuns neutros. Mas fiquei tão surpresa ao me deparar com o Suck it and See que me vi em uma encruzilhada entre o "finjo que não ouvi" e o "tenho que comentar tal embaraço".

Não vou dizer que é um álbum ruim de se ouvir, muito pelo contrário, é agradabilíssimo. Vai ver esse é o problema. Agradável, mediano, insosso.

Nothing out of the box. E se tratando de Arctic Monkeys, isso é muito sério. O tio Josh Homme deixou seu recado bem gravado na cabeça dos ingleses. Tanto que os riffs, que praticamente tem os lindos dedos tatuados do ruivo do QOTSA, estão lá o tempo todo. A 'sugeirisse', o obscuro, está tudo lá. Até o Alex Turner resolveu cantar mais rouquinho. Maaaas...

O fato é que é mais do mesmo. Fiquei com a constante sensação do "a próxima é a reveladora, que vai fazer tudo valer a pena". Não sei vocês, meu amigos, mas eu estou até agora esperando pela salvadora da pátria.

Tirando a "Don't sit down 'cause I moved your chair", que, aliás, foi muito bem escolhida como primeiro single, o resto das músicas sempre me lembram de outra banda e nunca o Arctic Monkeys em si. Acompanho a trupe de Alex Turner já faz uns 5 anos e nunca me imaginei dizendo: boring. Mas aí está. Chato.

É um álbum calmo depois da tempestade que foi o Humbug. Era de se esperar que os meninos se aquietassem e dessem uma respirada. Mas achei que podia ser um calmo revelador como Iron & Wine e não um calmo 'just because' como se fosse a trilha internacional da novela das dezoito.

Talvez esse seja um daqueles discos incompreendidos em que preciso escutar pelo menos umas 47 vezes até descobrir nele um diamante por trás de tanta lama. (Que exageeero!) Mas vou continuar tentando...

Se for citar preferidas, teria que dizer a já muito citada "don't sit down..." e "Reckless Serenade".



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