Ui, rapidinhas! - Runaways, a nova do The Killers

07:08 Raquel 0 Comments


“Blonde hair blowing in the summer wind. A blue-eyed girl playing in the sand…” e assim começa “Runaways”, o novo single do The Killers. Faz tempo, eu sei. Se levarmos em consideração que o Day & Age, último álbum deles, saiu em 2008, faz muito tempo!


Pois é, os meninos de Las Vegas nos prometeram um novo álbum, intitulado Battle Born para 17 de setembro de 2012. Esperaremos ansiosamente por ele (eu não escondo a minha ansiedade!). Mas enquanto a primavera não floresce por aqui e setembro não chega, vamos apreciar essa pérola que é “Runaways”.


Este single é apenas uma prévia que nos conta que os Killers voltam com a força que os trouxe com Sam’s Town. É fechar os olhinhos e imaginar-se em meio à multidão entoando o refrão que cresce e nos faz querer cantar mais e mais forte, juntos: “I knew it when I met you, I’m not gonna let you ruuuuuuuuuuuuuuuuuun…”


Ouça “Runaways”:





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O dia em que descobri o Standing on The Rooftop

10:37 Raquel 0 Comments



Em minhas tardias obsessões pela França e sua cultura, caí na espiral que é a música francesa. Tudo que eu conhecia era La Vie em Rose e Edith Piaf. E, de uns tempos para cá, conheci algumas coisas mais contemporâneas, como Cocoon e a Zaz. Além da ex-primeira dama, Carla Bruni, que de italiana, mesmo, lhe sobrou pouca coisa.

E conheci também Madeleine Peyroux. Não muito, confesso. Como estava em uma fase “quero ouvir o idioma francês”, fui seca pensando que a Dona Peyroux cantava assim. Doce ilusão. Acho que foi por isso que não me aprofundei na obra de Madeleine.

Mas, uns meses atrás, fazendo uma das coisas que mais gosto, que é me perder dentro de alguma livraria, enquanto ouvia uma prévia do Bublé no Madison Square Garden, um álbum de cores escuras e de uma simplicidade me chamou atenção. A capa trazia uma moça sentada sobre um baú acompanhada por um simpático cão da raça Whippet e, em letras garrafais ao lado, lia-se “Madeleine Peyroux Standing on The Rooftop”.

Eu poderia, baseada em minha experiência anterior, ter deixado para lá. Continuado a ouvir o Michael e depois o Miles Davis que aguardava em minhas mãos. Mas larguei tudo e passei o código de barras do Standing on The Rooftop para ouvir a prévia que a livraria me oferecia. E, de repente, 30 segundos pareciam nada.

O álbum tem um cover de Martha, My Dear como abertura. Um cover bem feito e único. Lindo. Claro, como fã confessa de Beatles, já havia me conquistado. Porque fazer um cover de Beatles é encarar de frente o “ame-o ou odeie-o”, não há meios termos. Ou é bom e agrada, ou não.


Deixei a livraria com a promessa de ouvir o álbum todo, com mais atenção e tempo. Mas fui embora feliz com a descoberta.

Assim que tive a oportunidade, mergulhei no Standing. E o que vem depois de Martha, My Dear é descoberta atrás de descoberta. A faixa que se segue é a The Kind You Can’t Afford. Com uma pegada deliciosa, jocosa. É quase um Can’t Buy Me Love. A essência, pelo menos, é a mesma. A canção é uma ode a boêmia, que preza pelo amor e não pelo valor do dinheiro. Dá vontade de sair dançando no meio do trânsito, distribuindo beijos e abraços aos executivos atarefados numa segunda-feira de manhã.

Eu poderia descrever faixa a faixa. Estrofe a estrofe, detalhando cada percepção. Mas essa não é minha intenção, de longe. O que quero aqui é incentivar quem lê essa resenha, a ouvir este álbum. A apreciá-lo, degustá-lo e digeri-lo, minuto a minuto.

Quero que sintam a essência magnífica de um álbum bem conduzido, escrito, produzido e gravado. De um álbum lindamente concebido, como um filho desejado.

Standing on The Rooftop é o sexto álbum de Peyroux, lançado em junho de 2011. Puro jazz, com pitadas de folk francês. Além do cover de Beatles, vale ainda destacar as versões de Madeleine para a I Threw It All Away do Bob Dylan e a Love in Vain do Robert Johnson. Tudo a seu modo, tudo com a calmaria que a voz macia da cantora que preenche melodias leves.

Um daqueles álbuns que ouvimos em looping. Perfeito para um fim de tarde, sob a brisa fresca e o céu alaranjado que escapa à monotonia diária. Perfeito para não acabar.

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Primeiros Socorros no NPR (sim, de novo o NPR)

11:00 Raquel 0 Comments



Elas não são as duas integrantes do ABBA. Eu juro. Mas são suecas. E não, a de franjinha não é a Christina Ricci.

Esse é o First Aid Kit, duo formado pelas irmãs suecas Johanna (21) e Klara (19) Söderberg que ficaram conhecidas depois de postarem um cover incrível do Fleet Foxes no Youtube em 2008. Folkão dos bons, as meninas parecem saídas de Nashville, como se fossem filhas do Bob Dylan com a June Carter. E fofas demais, né?

É viagem total, você começa a ouvir e assistir aos clipes e fica preso em uma dimensão entre os anos 70 e a floresta de Where The Wild Things Are. Só indo até o canal das meninas no Youtube e assistindo.

Esse post foi feito só para exibir a sessão delas no Tiny Desk Concert do canal da NPR Music no Youtube. Eu já comentei sobre esse canal aqui no blog, adoro de verdade. Cada vez que entro, me surpreendo com a qualidade dos artistas convidados. Então curte aí a sessão das meninas do First Aid Kit no Tiny Desk Concert da NPR e depois me diz o que achou:

A setlist:

  • "New Year's Eve"
  • "The Lion's Roar"
  • "Emmylou"






Para quem quiser conhecer mais sobre a dupla, acesse o site oficial. Elas já lançaram dois álbuns muito bons. Procure e confira!

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Ui, rapidinhas! - Arctic Monkeys, Y U NO MINE?

11:51 Raquel 0 Comments


Brincadeiras a parte, a deliciosa “R U Mine?” do Arctic Monkeys, lançada no domingo, dia 26.02, parece uma mistura perfeita entre os ingleses e os americanos do Black Keys. Guitarras, baterias, ruídos e vozes roucas.

SENSA. Daquelas que você abusa liricamente do botão replay e pede bis porque não dá pra parar de ouvir. Daquelas que a letra gruda de um jeito que nem “ai, se eu te pego” tira!

Os meninos do AM simplesmente “soltaram” essa música assim, na madruga boladona esperando nada acontecer e de repente, tava lá. Olha só! Até onde sabemos a música não faz parte de nenhum álbum, single ou EP, foi só um presente para a humanidade!

De quebra ainda ganhamos um clipe charmosérrimo que conta com o Alex Turner com cara de bad boy. Super homemade, mas muito bom!


Confere comigo, vem:


Depois desse clipe, a dúvida que fica é “Alex Turner, Y U NO MINE?”. Alex, se você me perguntar mais uma vez “r u mine?” vou ter que citar Jason Mraz e te dizer “baby, I’m yours”.

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Até tu, Brutus? - The Ides of March

18:16 Raquel 0 Comments



The Ides of March, ou Tudo pelo Poder, como a distribuidora brasileira resolveu chamar, é um filme de roteiro, direção e atuação de George Clooney.

Eu fui procurar o que era "Ides". Não achei. Aí, joguei no Google um "Ides of March" e me veio a definição que basicamente fala a minha impressão que ficou do filme. Dubialidade pura. Durante todo o filme. E é isso o conceito de Ides of March (o termo, não o filme). 

Ides vem do latim "Idus" que quer dizer "divisão ao meio". Costumava-se usar esse termo para o dia 15 de março que marcava a metade do mês no calendário romano. Nos tempos modernos, Ides of March foi o dia em que Júlio César foi esfaqueado até a morte no Senado Romano por um grupo de conspiradores liderados por Brutus, um dos aliados mais confiáveis ​​de César e um amigo de longa data.

História e roteiro se misturam nesse jogo de caráter. Fiquei pensando que as distribuidoras brasileiras de cinema adoram colocar nomes sem noção para os filmes americanos porque não "Dubialidade"? Faria muito mais sentido. Enfim.

Eu confesso que o elenco foi a primeira coisa que me chamou a atenção. Ryan Gosling e George Clooney (no time dos BBAs - Bonitos e Bons Atores) e Paul Giamatti, Phillip Seymour Hoffman (eterno Capote e Lester Bangs), Marisa Tomei e Evan Rachel Wood só podia sair coisa boa.

Depois que as letrinhas subiram, eu tinha dois comentários básicos. O primeiro é que, realmente, esse time de atores foi certeiro. E segundo que o que mais me impressionou em Ides of March foi a atualidade da coisa toda.

Siga essa receita básica: Pegue o roteiro desse filme e troque o nome dos personagens e do país por qualquer governo, sei lá, da Lituânia. Sim, você ainda vai ter a mesma história, bem fiel. A única diferença é que ele não concorreria mais a obra de ficção, mas sim como melhor documentário.

A trama é muito boa, os diálogos são inteligentes e o "deixa ficar subentendido, beibe" dá um super fôlego para a história. Não vou entrar nos meros políticos porque não me sinto capacitada a tal. Assisti o filme como uma amante da sétima arte e como, claro, eleitora. Só digo que a minha metade amante adorou o filme, a minha metade eleitora se revoltou ainda mais com os absurdos que deixamos escapar.

Agora, a minha metade RP ficou fascinada. Devo dizer, assim como "Obrigado por Fumar", sinto que Ides também deveria se tornar quase que obrigatório para um Relações-Públicas em formação.  

Resumidamente, a história traz um gerente da campanha (Gosling) de um forte candidato a presidência (Clooney) que acreditava muito que seu candidato poderia mudar o mundo, acontece que o Senador Mike Mayers teve um breve caso com a secretária de sua campanha, uma moça de 20 anos (Evan R. Wood) que engravida dele. Ao saber de toda essa podreraiada, o personagem de Gosling, Stephen faz algumas coisas não tão "honestas", digamos assim, para "jogar a merda no ventilador".

Eu confesso que senti falta do "pós-caos", ou seja, depois que Stephen vai a público contar o que sabe, (o filme acaba nesse momento). Queria ver a gestão de crise, o planejamento, a loucura. Queria ver o circo pegar fogo. 

Se pararmos para pensar, nada daquilo teria acontecido se o Senador Mayers dissesse a verdade. Bill Clinton mentiu da primeira e precisou de uma segunda chance (por livre e espontânea pressão) para falar que sim, teve relações com a moça Lewinsky. Na política, ao contrário do cenário de empresas que podem contratar 'n' especialistas para avaliar um erro técnico, o político tem apenas sua palavra. Aliás, quando votamos neles, no que estamos acreditando? Em suas palavras, que são nossa única garantia.

A relação com a imprensa durante todo o filme é um caso a parte. Marisa Tomei faz uma repórter que se aproxima dos heads da campanha para conseguir informações exclusivas. É uma valsa, ou melhor, é um tango de amor e ódio entre ambas as partes. Interessantíssimo ver o jogo de interesses, o "te amo pra sempre, te amo demais, até daqui a pouco, até nunca mais."

Não quero transformar esse post em um artigo de Relações Públicas, juro. Mas o mais interessante de observar nesse filme é a construção dos personagens, de caráter. Observar como cada um reage a uma mesma crise, como cada um se desenvolve com o desenrolar da trama. Na faculdade temos aulas de antropologia, filosofia, sociologia e psicologia e eu juro, elas não são em vão. Não estão lá para cumprir curriculo. Quando você percebe que o que você faz envolve entender pessoas diferentes com reações e maneiras diferentes, você entende sobre atendê-los e compreendê-los melhor. Isso facilita seu trabalho e dinamiza suas ações e reações. Posso dizer que Ides clareou minhas ideias.

Tem que entrar no seu must see. O filme inteiro é um tapa na cara da sociedade, daqueles que você fica até envergonhado de ser tão omitido de assuntos políticos como esses. Bem e mal se misturam, se intercalam. Há um claro "o fim justificam os meios", mas você se pergunta, será? Será que justifica eu manipular, enganar e chantagear para me vingar de algo de errado? Estamos pagando com a mesma moeda. Isso não faz de Stephen tão baixo quanto o Senador Mayers? O filme testa sua dignidade o tempo todo, seu senso de justiça fica a flor da pele.

Assiste o trailer abaixo e anota na agenda pra não esquecer de assistir ele inteiro e depois me conta o que achou!

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